Sobre Mariposas, Elfos e Alice

by - dezembro 19, 2015

AVISO! Essa é uma resenha em que me declaro amante de uma mariposa
Aos que me conhecem, não entrem em pânico. Não é o inseto de verdade, obviamente. No dia que eu deixar de sentir medo desses seres perseguidores e horripilantes, podem saber: algo está errado. No caso, foi sobre um personagem. Mas aposto que tinham adivinhado isso...

Sem mais enrolações, vim falar de Splintered, uma série (trilogia, saga?) cujos livros li faz um tempinho, só que o encanto foi tão grande que até hoje, após algumas leituras, não consigo me esquecer dos personagens, nem do mundo criado por A.G. Howard. Não fazem ideias de qual livro estou falando? Tenho certeza que em algum momento, em uma livraria (ou no supermercado, como no meu caso) tinha aquele livro com uma capa TCHAN e justamente... As capas são lindas, como vocês podem ver.
Li ambos da imagem acima, assim como A Mariposa no Espelho, que seria uma história avulsa situada entre os acontecimentos dos dois livros. De qualquer forma, como essa resenha será até Atrás do Espelho, tomarei todo o cuidado possível para não soltar nenhum spoiler, mas não posso garantir totalmente, então, estejam cientes, ok?

A história utiliza-se do universo de Carroll. Não é nada super novo, porque tenho certeza que já leram outras histórias com a mesma ideia (e tem aquele filme, que foi bem incrível nisso também). Porém, o que fez com que a história se tornasse tão maravilhosa foi que parecia o contrário. Que todo esse universo veio primeiro e a Alice que conhecemos, veio depois. E eis aí a mágica..

Na história, há um contraste claro entre dois tipos de seres. Os humanos, que nem por isso são bonzinhos, sendo que a própria Alyssa, a mocinha do livro, não é uma santa e toma certas atitudes pouco éticas. E os seres do Pais das Maravilhas. E esses, meus amigos e amigas, foram impressionantes. Eram quem eram, felizes assim e sem intenção de mudar. Impiedosos, instintivos e muito espertos. 
Ok, talvez seja melhor começar apresentando os personagens. Há Alyssa, a "mocinha". De alguma forma, esse termo me incomoda quando aplicado a ela, justamente por ela ter tomado umas atitudes que a tiram daquele esteriótipo personagem-honrada-perfeita-não-faz-nada-errado. E, de certa forma, ela me conquistou dessa forma. E a transformação que passa é bem clara, de uma garota confusa e perdida para uma mulher bem decidida. 
“Ás vezes penso que não estou sozinha em minha própria cabeça, que há parte de outra pessoa lá dentro, alguém que me incita a seguir além dos limites.”
Além disso, tem Jeb. O elfo foi referência a ele, porque foi minha esperança durante todo esses livros, para ver se ele se tornava mais cativante. Não que ele não fosse um amorzinho. Porque ele era, totalmente. Só que meio a tanta magia, tanta coisa impressionante, ele foi, para mim, um pouco ofuscado. Admiro-o como pessoa por suas atitudes, porém não o suficiente para ficar torcendo para ele.

Enquanto isso, aparece Morfeu... E, queridos, esse sim foi impressionante. Não foi nada a primeira vista. Ele é bem irritante e manipulador em certas situações, o que me deixou bem com vontade de dar uns tapas na cara dele para ver se virava gente —  o que não ia funcionar, porque ele não é gente. Só que Morfeu acaba crescendo dentro de nós. Aos poucos. Ocupando seu espaço. E quando li A Mariposa do Espelho, o encanto se concretizou de vez.


Em O Lado Mais Sombrio, somos introduzidos a esse mundo de forma mais sutil, preparando-nos, encantando-nos. Algumas pontas parecem ficar soltas, mas nada que comprometa a leitura. O final é um baita de um plot twist inesperado, já que, com exceção de certas pistas indecifráveis, não haveria modo de adivinhar o que estava por vir (e amei cada segundo disso). 

Atrás do Espelho... Foi o que me arrebatou de vez. Já conhecemos o País das Maravilhas, seus personagens e o funcionamento do lugar, então essas sutilezas puderam ser deixadas de lado para finalmente embarcarmos em uma aventura incrível. Todo personagem existe ali por algum motivo. Até mesmo os pais de Alyssa tem uma função de verdade na história, não estando lá só para existir. E, cara, que função!

Estou aguardando ansiosamente a oportunidade de ler o terceiro livro para saber o que aconteceu, pois o final me deixou bem aflita. Ah! E nessa leitura, tive até uma playlist. Ouvi acompanhada, em sua maior parte, de The Weeknd, mas duas músicas se destacam quanto a me lembrar da história: High for This e Wicked Games. Compensa totalmente parar pra ouvir! Assim como tirar um tempinho para ler essa história impressionante. 

"Eu sou louca, e aceito isso. A loucura faz parte do meu legado."

Classificação:  
Sinopse: Alyssa Gardner ouve os pensamentos das plantas e animais. Por enquanto ela consegue esconder as alucinações, mas já conhece o seu destino: terminará num sanatório como sua mãe. A insanidade faz parte da família desde que a sua tataravó, Alice Liddell, falava a Lewis Carroll sobre os seus estranhos sonhos, inspirando-o a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas.
Mas talvez ela não seja louca. E talvez as histórias de Carroll não sejam tão fantasiosas quanto possam parecer.
Para quebrar a maldição da loucura na família, Alyssa precisa entrar na toca do coelho e consertar alguns erros cometidos no País das Maravilhas, um lugar repleto de seres estranhos com intenções não reveladas. Alyssa leva consigo o seu amigo da vida real - o superprotetor Jeb -, mas, assim que a jornada começa, ela se vê dividida entre a sensatez deste e a magia perigosa e encantadora de Morfeu, o seu guia no País das Maravilhas.
Ninguém é o que parece no País das Maravilhas. Nem mesmo Alyssa...  
Editora: Novo Conceito  
Skoob


PS: A vibe meio "Alice louca" me lembrou de um jogo, Alice Madness Returns. Vale conferir também. Já parei para jogar uma vez, porém sou tão ruim que desisti no meio do caminho. 

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2 comentários

  1. Olá, tudo bem?
    Acabei de conhecer o seu blog através de um blog amigo.
    Parabéns, ele é ótimo e estou seguindo. Me segue também?
    Desejo que você tenha um ano abençoado
    com muita paz, saúde e sucesso!!!

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    1. Oh, obrigada! Vou dar uma olhadinha no seu blog (e ainda, de quebra, vejo se dou uma comentada) e sigo de volta sim ;)
      Para você também.
      Volte sempre

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