E aqui venho eu, fazer uma das despedidas que mais adiei esse ano, por saber que não seria algo muito fácil assim. No entanto, antes de falar do ultimo livro da série Instrumentos Mortais em si, falarei toda essa história para que, quem nunca nem tocou em um livro de TMI, possa pelo menos ter uma base. Claro, provavelmente todo sentimentalismo será derramado neste post, mas o que posso fazer? É uma despedida, afinal.
Considero que Instrumentos Mortais, com seus seis livros, foi dividido em duas fases. A primeira delas com Cidade dos Ossos, Cidade das Cinzas e Cidade de Vidro, tinha como vilão principal Valentim e posso dizer que o cara soube fazer bem seu papel. Além disso, como Clary estava começando a ser inserida ao Mundo das Sombras, o mesmo acontece conosco, em que vamos aprendendo e descobrindo como tudo acontece nesse mundo que nenhum mundano imaginaria existir (ou, se imaginasse, não acreditaria nele).
Lembro quando Cidade dos Ossos lançou aqui, em 2010. Eu já tinha lido o livro por e-book e estava aguardando ansiosamente para poder comprá-lo e assim o fiz. Só que depois, fui ao meu primeiro evento literário (que era do livro) e ganhei-o em um sorteio. Haja sorte, hein? E era a edição que ainda tinha os brilhos da capa. Lembro também que foi mais ou menos naquela época que confirmaram o filme, assim como Lily Collins foi confirmada como Clary e aí começou a longa espera, sendo que o mesmo lançou ano passado, mas não fez tanto sucesso assim (infelizmente).
O menino nunca mais chorou e nunca mais se esqueceu do que aprendeu: que amar é destruir e que ser amado é ser destruído.
Cidade dos Ossos é onde somos apresentados a todo aquele mundo, a Jace Wayland e aos Caçadores das Sombras. Fiquei muito encantada com Jace, tanto que eu escrevi uma fanfic com umas colegas e ele era meu par romântico (de tantos personagens, justo ele). Também conhecemos Clary, Magnus (S2), Alec, Isabelle, Simon e, enfim, uma boa parte do pessoal que é o foco dessa parte. Tudo é bem introduzido e o final do livro nos deixa completamente "Não pode ser!Como eu... Não!".
Veio então Cidade das Cinzas, onde temos mais conflitos, conhecemos ainda melhor nosso "querido" vilão Valentine e as coisas vão se desenrolando, enquanto entendemos e adoramos ainda mais os personagens já vistos anteriormente. Claro, depois da revelação bombástica do final de Cidade dos Ossos, fica um clima meio tenso, mas isso não nos impede de torcer loucamente para concretização.
“(…) Era como se houvesse uma bolha de dor ou arrependimento que morava dentro do coração dele, e quando ele queria dizer alguma coisa, qualquer coisa, que parecesse significativa ou verdadeira, a bolha se erguia e sufocava as palavras.”
E, enfim, Cidade de Vidro, o último livro dessa fase. Talvez porque eu acreditasse que aquele seria o último quando li tenha sido tão maravilhoso quando foi. Só sei que foi incrível como tudo se juntou, como as coisas tiveram seu desfecho, como até novos personagens que surgiram foram impactantes e como certas mortes aconteceram, fazendo com que eu chorasse. Sei que foi uma bela conclusão e que tudo estaria bem (menos a saudade enorme dos personagens) se terminasse ali.
“Tudo o que ele queria era não ter medo, e então ele estava com medo o tempo todo.”
Só que não foi bem que aconteceu. Começou a segunda fase, que tem como vilão Sebastian (evitando dar spoilers, mas é difícil). Além disso, muitos outros novos personagens são introduzidos ou melhor apresentados, ganhando seu espaço. Na verdade, eu acho que a luz sai, comparado aos três primeiros livros, bastante de Jace e Clary e começa a mostrar a história daqueles ao redor deles, o que deu um toque bem especial. E, do outro lado, mesmo tendo gostado bastante de Cidade dos Anjos Caídos e Cidade das Almas Perdidas, ainda não tinha sentido muito aquele click, aquela conexão, mesmo que cada vez que os pegasse para ler, não conseguisse parar até terminá-los.
Clary já está mais madura, os relacionamentos se resolveram, já temos um conhecimento melhor dos Caçadores das Sombras e assim, quando tudo parece ir bem tranquilamente, tudo de esperado e inesperado começa. E é em Cidade do Fogo Celestial que outro desfecho impressionante acontece.
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas:532
Sinopse: ERCHOMAI, Sebastian disse. Estou chegando. Escuridão retorna ao mundo dos Caçadores de Sombras. Enquanto seu povo se estilhaça, Clary, Jace, Simon e seus amigos devem se unir para lutar com o pior Nephilim que eles já encararam: o próprio irmão de Clary. Ninguém no mundo pode detê-lo — deve a jornada deles para outro mundo ser a resposta? Vidas serão perdidas, amor será sacrificado, e o mundo mudará no sexto e último capítulo da saga Os Instrumentos Mortais.
Como enrolei muito tempo para ler o livro, estava com o coração na mão quando o comecei. Li até a metade, tive que fazer outras coisas e, só alguns dias depois, consegui terminá-lo. No entanto, em nenhum momento perdi a ligação com a história e acredito que a mantive em mente todos os dias que não pude lê-la.
Uma coisa que eu fiquei me perguntando é se Cassandra sempre escreveu tão bem assim. Talvez seja porque fazia um tempo que não lia um livro dela, mas senti um ar tão leve, ao mesmo tempo tão pesado, uma diversão atrás de um monte de sofrimento dos personagens. Senti que eles eram jovens, tão bem quanto senti que eles amadureceram muito desde o começo. E acho que isso foi uma das coisas mais maravilhosas senti enquanto o lia.
Uma coisa que eu fiquei me perguntando é se Cassandra sempre escreveu tão bem assim. Talvez seja porque fazia um tempo que não lia um livro dela, mas senti um ar tão leve, ao mesmo tempo tão pesado, uma diversão atrás de um monte de sofrimento dos personagens. Senti que eles eram jovens, tão bem quanto senti que eles amadureceram muito desde o começo. E acho que isso foi uma das coisas mais maravilhosas senti enquanto o lia.
— A questão não é essa — disse Simon. — A questão é que quando você joga Dungeons and Dragons e sua equipe encontra um monte de tesouro, ou uma pedra grande e luminosa, ou um esqueleto dourado mágico, você nunca deve pegar. Sempre é uma armadilha. — Ele descruzou os braços e gesticulou enlouquecidamente. — Isto é uma armadilha.
Além disso, todas as histórias que aconteciam paralelamente a trama central do livro foram bem interessantes. Conhecemos Emma Carstairs e Julian Blackthorn, que estarão em Dark Artifices. Também temos um contato com Zachariah e Tessa, personagens que estiveram em As Peças Infernais, e confesso que fiquei super feliz com isso, porque essa trilogia foi ainda mais amada por mim do que Instrumentos Mortais (recomendado, então).
A maneira como ela guiou o final foi maravilhosa. Nunca iria imaginar. Claro, impossível não derramar algumas lágrimas, mas foi tudo tão bem concluído. E no final, até mesmo me senti mal por Sebastian, porque se as coisas fossem diferente, quem sabe... O que importante é que Cassandra fechou a série com chave de ouro. Não com um final feliz ideal, mas com um final que nos deixa com o coração mais leve, pelo menos até a saudade apertar, e nos prepara para o que irá ocorrer na nova série que ela irá escrever.
— Herondales. — A voz de Zachariah era um sussurro, metade risada metade dor. — Eu quase tinha esquecido. Nenhuma outra família faz tantas coisas por amor ou sente tanta culpa. Não carregue o fardo do mundo, Jace. É pesado demais até para um Herondale suportar.
E o romance? Como posso dizer isso... Todos os casais que foram feitos, a maneira como ficaram juntos, simplesmente me arrebatou. Sério. Gostei de cada um deles, com suas peculiaridades. Posso dizer que foi ainda mais interessante ver o relacionamento de Isabelle e Simon crescer, tendo em mente como eram no primeiro livro. E o que dizer de Magnus e Alec? Do primeiro ao último instante, arrasando com nossos corações.
Claro, de todos esses romances, o principal deles ainda continua sendo Jace e Clary. E confesso, me apaixonei pela forma como eles se amam. Como se um fosse a coisa mais linda do mundo do outro. Como se fossem seus próprios milagres. E, assim como todos os outros, como evoluíram com esse amor.
Ela sabia que os Caçadores de Sombras de Alicante lutariam até o último homem: com determinação, coragem, obstinação, vingança e glória.
Com esperança.
Eu não acredito que acabou... Só... Acabou. |
Além dos livros que citei aqui, Cassandra escreveu, também do Mundo das Sombras, as Crônicas de Magnus Bane, que recomendo, principalmente porque esse feiticeiro tem um charme incrível e nos mostra um novo lado de tudo isso. E claro, tem o Códex dos Caçadores das Sombras, o qual ainda não li, mas pelas resenhas e fotos, estou ansiando para ter e poder ler os comentários dos nossos personagens queridos.
Já leram os livros? Gostaram? Ainda não e ficaram curiosos? Não deixem de falar o que acharam nos comentários!
E para finalizar bem, para quem ficou na duvida e quer ter uma ideia bem básica, vai aí o trailer do filme. Claro, vejam tendo em mente que o filme nunca é 100% fiel ao livro, mas você pode imaginar o suficiente disso.